Pingo de Nanquim

Vamos falar de Another
Eu particularmente considero Another um dos piores animes que já vi, o estranho é que Another é simplesmente um dos meus animes preferidos. 
É inevitável falar que a narrativa é cansativa e mal desenvolvida, os dramas são furados e irreais, e tudo que acontece na série é simplesmente uma justificativa para fazer um banho de sangue no final. 

Mas nem tudo é ruim em Another. 
A fotografia da série é incrivelmente bonita, e os diálogos extremamente coloquiais que deveriam dar um ar de suspense, só servem pra disfarçar o quão vazio e mal executado é o roteiro, mas isso é bom, a forma dos protagonistas em se expressar abriu espaço para a direção artística criar um cenário magnifico e perfeito, dentro de uma simples escola. 
Alguém já reparou que quando eles vão conversar começa a ventar? E quando o dialogo termina o vento para? 

Pois é... Isso tudo simplesmente para colocar movimento nos cabelos, e dá um ar vazio de sentimentos nas palavras de Misaki Mei. 
Another cumpriu o que prometeu,e muita parte da decepção do publico se deve exclusivamente a expectativa criada em torno da série.
Em momento algum me arrependi de ter visto Another, tanto que ré assisti quando saiu em blu-ray, mas me sinto ofendido com a série, por tratar o publico como burros, que aceitam qualquer justificativa mediana para um drama muito maior. Eu ate agora continuo indignado com a falta de função das bonecas. 

"Não acredite no que eu pareço ser. Acredite no que eu realmente sou, conheça-me."

Misaki Mei

Será que fui o único que acreditei que elas teriam alguma importância no decorrer da trama? 
Enfim... Another foi um anime superestimado, que viralizou na rede, derivando inúmeras piadas relacionadas as mortes incríveis da série.
Eu recomendo Another se você procura algo leve, sem muita complexidade, um anime pra relaxar e curtir o banho de sangue. 

Porque de suspense e terror psicológico a série não tem absolutamente nada. 
Mas a ideia central pro anime é interessante e pode gerar bons momentos de Discussão com os amigos. 
Uma dica: 
Preste atenção no primeiro episódio, no vô do koichi, e no pássaro.
Se atentando a esses três detalhes, você rapidamente descobrirá quem é o morto. 

A dificuldade de se relacionar e fazer amigos: Tonari no kaibutsu-Kun!

Esse anime me pareceu a primeiro momento mais uma das centenas comédias pastelão que existem hoje em dia. 
Mas minha surpresa foi que disfarçada de comedia, ele apresentava um drama presente na vida de todos os adolescentes. Em algum momento da vida, você com certeza já se sentiu sozinho, diferente e abandonado. 

Você já se sentiu sem amigos, perdido e incompreendido... Algo normal e natural no desenvolvimento do ser humano.
Tonari apresenta esses dramas de forma simples, muitas vezes despreocupada, trazendo para o publico uma tristeza velada em forma de comédia. 
E é nessa tentativa desesperada de deixar tudo nas entrelinhas que a série acaba se saindo mal. 

Os dramas dos protagonistas viram algo banal, e a violência contra as garotas, típica de uma sala de ensino fundamental, se torna chata e irrelevante.
Quantas vezes Haru acerta Shizuku "sem" querer? De uma forma que não muda nada na trama, e de tão repetitivo se torna sem graça e enjoativo.

Ate que ponto somos amigos? Se somos amigos porque não sei nada sobre sua vida? Porque não me conta sobre suas dores e seus amores? 

Mas será que precisamos mesmo desabafar sobre nossas vidas para nossos amigos? 
E se nossa vontade for guarda no nosso interior e refletir sozinho? 
Ate que ponto um amigo virtual pode ser considerado amigo de verdade? 
Pra isso temos Asako ela é linda, tem vários seguidores nas redes sociais, e tem um blog de sucesso onde todos se importam com ela, mas e quando ela desliga o computador? Quem está lá para apoiar? 

Quando ela se apaixona quem está lá para abraçar e aconselhar, ou simplesmente ouvir sobre seus problemas? 
Não tem ninguém...
No final ela esta sozinha, ninguém vai ouvi-la durante a madrugada, ninguém vai se importar de verdade com seus sentimentos, ela sempre esteve sozinha, contando com sigo mesma para satisfazer suas tristezas interiores...
Do que adianta milhares de amigos virtuais, se quando você olhar pro lado não enxergará ninguém...

"Será que realmente importa as pessoas não gostarem de você?"

A Asako é sem duvida o personagem que mais apresenta verdade e humanidade para a serie, ela consegue ser completa, em questão de relacionamento com os amigos, e verdade ao falar de seus sentimentos. 

A serie só peca em deixar o desfecho amoroso tanto dele quanto de Shizuku, para uma segunda temporada, é valido falar que nesse quesito a relação Shizuku e Haru começa no ponto "0" e não avança quase nada durante o decorrer de toda a serie, indo se desenvolver apenas no final, e é nesse quesito que a serie se supera novamente, Shizuku tem Kenji Yamaguchi  um cara que ela queria gostar, ele é responsável, educado, cavalheiro, é tudo que ela queria em alguém, mas não podemos mandar no coração, então por quem o coração dela acelera? Por Haru, o cara grosseiro e sem educação que ela sempre repugnou... Pois é... Não se manda no amor. 

Já Asako  se apaixona por um cara mais velho, o que movimenta a trama, porque ela quer se declarar, mas não tem coragem, tem medo dele achar ela nova de mais e idiota de mais, e novamente voltamos ao problema, se ela não tem amigos, com quem vai desabafar seus dramas? 

Mas tudo isso é abafado e se torna irreverente quando temos um galo como um dos personagens principais. Tudo se torna muito leve, oscilando de forma drástica entre excesso de drama e dose de irreverência. 

O humor não é inteligente, na verdade ele é estritamente visual, somos apresentados a socos na cara da protagonista, pessoas caindo no chão, galos voando da sala de aula, entre várias outras situações estritamente visuais.

Por fim Tonari trata de pessoas, mostrando personalidades e sentimentos distintos, mostrando jovens sem amigos, que enxergam um no outro a possibilidade de ser diferente. 
Tonari é uma jornada de aceitação e mudança de hábitos, mostrar como pessoas da mesma idade lidam de maneiras diferentes com a mesma situação e mesmo grupo de pessoas.

É praticamente impossível não se identificar com algum traço dos personagens, seja na personalidade forte, inteligente ou na dificuldade de se relacionar e fazer amigos, a dificuldade nos estudos, o amor da adolescência, a arrogância, o medo, a alegria e a tristeza.

Todas as personalidades são caricatas ao extremo, são extremamente humanas. Eu me vi varias vezes representado pelo Haru, embora me veja muito mais na Shizuku. Um hibrido entre serio de mais, e inconsequente de mais. 

Por fim Tonari é sem duvida uma serie que vale apena ser vista, e merece a fama que tem, embora não seja um espetáculo, nem apresente nada de novo ao gênero shoujo consegue apresentar personagens fora dos tradicionais, que com certeza ficam marcados no imaginário do espectador. 
Por isso eu recomendo Tonari no kaibutsu-Kun!

“I need to Study.”

— Tonari no Kaibutsu-kun - Shizuku

Eu juro que nunca parei pra me questionar sobre o amor e outras drogas, porem de um tempo pra cá tenho me observado completamente fascinado por esse tema.

Eu como bom Otaku que sou, imagino um romance igual aos shoujos, não sei ao certo mais sempre desejo pra mim uma historia estilo Tonari no Kaibutsu-kun.

Eu sou um garoto estabanado, com ideias e ideais diferentes, alguém muitas vezes mal interpretado, e que tem uma dificuldade enorme de se relacionar com as pessoas... Ser sociável é uma tarefa inexplicavelmente desafiadora.

“Does it really matter that people don’t like you?”

— Tonari no Kaibutsu-kun - Shizuku

Ela por outro lado é descolada, amiga de todos, sonhadora e sempre tão insuportavelmente feliz, eu não tenho ideia se é amor, porque sempre tive em mente que amar é quando você conversa com uma pessoa, e por ventura tem pensamentos e ideais iguais as dela, vindo a sentir uma necessidade de conversar e estar próximo. Não sinto vontade de conversar com ela, não quero saber dos problemas, nem da família, não me interessa seu gosto musical, muito menos seus livros preferidos. Minha única vontade é de ficar observado seu sorriso envergonhado, seu cabelo rosa e azul, o jeito que ela segura os óculos para ler algo de perto.

Novamente me perco em meus conceitos...

Sempre acreditei que amar era a necessidade de estar sempre próximo, e de pensar 24h na outra pessoa.

Mas isso não acontece... Na verdade nem se quer penso nela, porem quando estou frente a frente minha cabeça vai longe, e meus pensamentos não conseguem se transformar em palavras.

Fascínio talvez?

Será que o amor realmente existe? Eu não consigo me ver casado, muito menos idealizando algo para o futuro.

"Uma pessoa se torna mais forte quando o seu objetivo é proteger algo ou alguém." 

— Sword Art Online 

Não me imagino namorando, dividindo segredos e carinho, na verdade contato físico é algo que sempre me causou estranheza, eu sempre tive muito receio em abraçar alguém, andar de braços dados ou simplesmente dar um aperto de mão... Mas ela... é inexplicável, quando me abraça sinto que o mundo parou ao nosso redor, e não sinto vontade de larga-la.

Seria isso dependência?

Pra mim o amor foi uma mentira, inventada para vender presentes, o amor dos shoujos não existe, não é real... É idealizado para vender animes/mangás para meninas que se enganam esperando o par perfeito. Pra mim o romance é algo descartável.

Me entendam bem, estou falando de amor de namorados, porque acredito ferozmente no amor da amizade, no carinho e respeito que nutrimos por nossos companheiros, assim como é demonstrado em Madoka Mágica e One Piece.

Bom eu comecei a escrever esse post as 18h

Parei e refleti sobre o amor, mandei uma mensagem pra uma pessoa especial e sua resposta foi “oooown”  li o post varias vezes e me sinto mais confuso... Eu verdadeiramente não sei o que é amor... Tentei idealizar uma vida junto com esse espetáculo de cabelo rosa... e tudo que me veio a mente foi diversas maneiras de brigarmos e nos separarmos, na verdade meu pensamento acabou em um conflito onde ela queria sair e eu queria ficar em casa...

“Um homem de verdade teria pulado no fogo se a sua garota estivesse em perigo!”

— Mirai Nikki

Eu nunca terei coragem de me declarar, não terei coragem de olhar nos olhos
dela e falar nada sobre isso... e não é porque tenho medo dela dizer “Não vai rolar”... É porque tenho medo de rolar, e amanhã eu acordar e perceber que não era amor... Perceber que

Detalhe:

Falei pro meu melhor amigo o que eu estava sentindo... E ele me respondeu “e se ela pintar o cabelo de preto?”

Meu mundo caiu... Eu percebi que realmente é fascínio, fascínio pelo que ela representa, fascínio por ela ser justamente o oposto de mim.

Dependência do abraço dela, inveja da alegria espontânea no olhar e alegria de observar seu sorriso envergonhado...

Eu realmente não sei o que é amor

“Because… I love you.”

— Naruto Shippuden - Hinata Hyuuga

“Como um mundo pode ser tão cruel e tão bonito ao mesmo tempo?…”

— Shingeki No Kyojin

A derrota de recomeçar...

Ter a oportunidade de zerar algo e construir tudo do zero é sem duvida uma habilidade incrível.

Mas... e quando recomeçamos mais de uma vez a mesma coisa? Estamos sendo fracos e covardes?

Vivemos sempre no limite linear entre o abandono e a desistência, existe uma sutil  diferença entre ambas, a primeira você simplesmente esquece e deixa passar, a segunda geralmente você luta ao maximo ate se convencer de que não tem mais jeito, ou ate a luta perder o sentido...

No meu caso foi desistência... Abandonar a central

Sem contar que a central era um projeto em conjunto, e a primeira vez que desisti dele foi em questão do abandono por parte dos outros integrantes, falar que a saída deles foi ruim, seria mentir, graças ao abandono deles eu tive a liberdade de mandar na central, correr atrás de parcerias, divulgar a fã Page, abri o canal, uma infinidade de coisas aconteceram graças a saída deles.

“Se você apenas sentar e chorar, só irá sofrer até a morte!”

— Shingeki No Kyojin

Então porque desistir?

Porque era um peso que eu não era mais capaz de aguentar, uma responsabilidade que se tornou chata.

            Manter o nome “Central Otaku” me fazia lembrar dos amigos que perdi, e dos momentos incríveis que vivemos e não voltariam, eles não abandonaram simplesmente a central, eles me abandonaram, deram as costas sem motivo aparente e simplesmente apagaram minha existência do caminho deles.

É como se nunca tivéssemos nos conhecido...

É como conhecer o interior de uma pessoa que você nunca viu...

Por outro lado o nome “Otaku” me limitava a post’s focados no maravilhoso mundo nipônico, e muitas vezes eu sentia necessidade de desabafar, ou simplesmente falar sobre outra coisa, e infelizmente não tinha liberdade para isso, porque o publico não aceitava.

Com isso “Pingo de Nanquim” é meu novo projeto, que tem tudo pra ser esquecido e abandonado, na verdade as chances dele acabar nesse primeiro Post são enormes...

Porque "Pingo de Nanquim"? 

Pois estou vivendo um momento branco, não me sinto amigo de ninguém, não me sinto capaz de dar um bom conselho,  me sinto perdido, e isso me faz bem... Gosto de estar vazio, pois assim posso me preencher com qualquer coisa... Não que eu esteja me preenchendo de coisas boas, mas isso é assunto pra depois...

Por fim

Bem-vindo ao “Pingo de Nanquim” 

“Não perca de vista o que você realmente quer.”

— Tonari no Kaibutsu-kun!